É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando.Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.''
Se amar fosse fácil não seria tão bom
Não volta
Passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você faz escondida, sem deixar rastro nem pistas.. . .Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E, ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas musicas, procurar a tua voz em outras vozes.Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape.Talvez, ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe.Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris.Talvez, ele volte. Ou não."
Ela é complicada
"Não me importo de tentar ajudar as pessoas — se elas não sabem corresponder, é problema delas. Não é por isso que vou virar uma naja."
Espumas ao vento
“Sei que aí dentro ainda mora um pedacinho de mim. Um grande amor não se acaba assim, feito espumas ao vento. Não é coisa de momento, raiva passageira, mania que dá e passa, feito brincadeira. O amor deixa marcas que não dá pra apagar. Sei que errei tô aqui pra te pedir perdão. Cabeça doida, coração na mão. Desejo pegando fogo! E sem saber direito a hora e o que fazer. Eu não encontro uma palavra só pra te dizer. Ah! Se eu fosse você eu voltava pra mim de novo. De uma coisa fique certa, amor. A porta vai estar sempre aberta, amor. O meu olhar vai dar uma festa, amor. Na hora que você chegar.”
- Flávio José
Tesão
“Aonde está a força de negar um desejo se enquanto ele não é saciado continua existindo? Desejos nascem, ocupam lugares interessantes do seu corpo, e não morrem antes de um formigamento exausto de prazer, uma manhã suja de arrependimentos, hálitos estragados de amargura e clicks que a vida nos dá, também chamados de momentos de verdade, que em muito se parecem com toques de mágica para você sair do estado encantado e falso da imaginação. O tempo não se encarrega de matar desejos, apenas de substituir os personagens. Você pensa que é forte sendo moralista, respirando fundo, contando até mil, sumindo da festa, rezando, desviando sua atenção, mas ele está lá, num bar com amigos, te olhando de longe. E ele continua lá mesmo depois que o táxi o levou, meio embriagado, para casa. Ele está no vazio que deixou, na dúvida de como poderia ter sido, na esperança do próximo encontro, na consciência leve pela negação e pesada pela cobrança de um tesão ainda latente…”
Ela sabe
"Ela tem muita dúvida como todos têm. Mas nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe."
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